A pesquisa clínica é, atualmente, uma excelente alternativa para oferecer aos pacientes oncológicos acesso a tratamentos inovadores. A velocidade do desenvolvimento de medicações para o tratamento de câncer avança na mesma velocidade em que o conhecimento sobre a biologia da doença se torna cada vez mais profundo. À medida em que diversas alternativas surgem como possibilidades efetivas de tratamento (terapias-alvo, imunoterapia, combinações de estratégias terapêuticas), a decisão de qual a melhor escolha, tendo em vista segurança, eficácia e custo se torna cada vez mais delicada. A única forma de evoluirmos no tratamento e no aumento da sobrevida dos pacientes com câncer é avaliarmos formalmente o papel destas novas terapias em cada um dos diferentes cenários existentes na luta contra o câncer. Mais do que simplesmente provar que uma alternativa eficaz, é mostrar um benefício sobre os tratamentos considerados os tratamentos padrão. É isto que a pesquisa clínica oferece. Desenvolvimento científico, conhecimento sobre a biologia das doenças e avaliação de novas drogas com o potencial de melhorar os desfechos clínicos do paciente com câncer.
Após um estudo evidenciar que um determinado tratamento é benéfico, existe um processo regulatório de aprovações que pode durar anos. Ou seja, um estudo publicado modificando a conduta médica em determinada situação clínica não significa que esta medicação estará disponível no dia seguinte para o uso em nossas clínicas. Em um país como o Brasil, onde o acesso aos tratamentos ainda é um grave problema na jornada do paciente oncológico, a pesquisa clínica surge com alternativa, às vezes a única, para que um paciente possa receber um tratamento que talvez nunca tivesse chance de receber. E assim, poder mudar o curso de sua doença. Mais do que isto a pesquisa clínica não difere entre sexo, raça ou condição socioeconômica, tornando-se amplamente inclusiva onde todos os envolvidos, sem exceção, são beneficiados de alguma forma com este processo. Lembrem-se sempre da pesquisa clínica como opção de tratamento no planejamento terapêutico dos seus pacientes oncológicos!